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01 - EDITORIAL: TUDO É GRAÇA! TUDO É BÊNÇÃO!

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 1 de jan.
  • 5 min de leitura

O eco da suave cantiga já vai se dissipando de nossas mentes. Vivemos sim, a alegria do Natal, alegria de celebrar o filho de Deus entre nós. Em uma manjedoura, Deus se apresentou em forma de menino. Nascido na simplicidade de um estábulo, Jesus dá novo sentido à vida humana. Ele é a maior prova de amor que o Pai pode nos dar. Quero crer que, fomos envolvidos pela mensagem da gruta de Belém, da simplicidade dos corações humildes e obedientes de Maria e de José no cumprimento do propósito divino.

      Somos agradecidos ao bom Deus pelo que nos permitiu viver neste ano de 2024. Não faltaram graça e luz em nossa vida. Tudo é bênção! Tudo é graça! Que o Ano Novo traga novos desafios, mas também muitas conquistas. Nosso Portal Novo Tempo, este ano, estará completando 30 anos. Somos gratos por cada aprendizado ao longo desse tempo. Que nesse novo ano possamos contar com sua fidelidade como leitor assíduo de nossas páginas eletrônicas, que possamos continuar a crescer e caminhar juntos. A nossa gratidão é sempre nossa maior força. A cada dia, mais grato somos por tudo que vivemos e aprendemos.

     Iniciemos, pois, 2025 com sabedoria e paz, que tenhamos um ano radiante e cheio de luz. Desejamos que o ano civil que vem surgindo, comece com muito amor, fé e gratidão. Estou ainda sob o impacto do colorido do céu, proporcionado pela queima de fogos. Porém, o dia amanheceu. São novos tempos. É 2025 e nós, do Novo Tempo queremos desejar a vocês, um bom dia, um ano de paz, saúde e muitas realizações. Que seja esse primeiro dia, um ponto de partida para novos voos, viagem, trabalho, projetos e alegrias.

      Assim como os pastores que tendo encontrado Jesus, saíram anunciando o que viram, voltemos para os nossos dias, seja no trabalho, nos lares, onde quer que estejamos, testemunhando a paz que brota do altar. Partilhemos hoje e sempre, a paz que o Filho Bendito da Virgem Maria trouxe com seu Natal para toda a humanidade.

     É tempo de plantar novas mudas, contemplar os arvoredos, escrever novos enredos... E por falar em enredo, os sambas das Escolas que estarão na avenida daqui há alguns dias, já estão disponíveis nas plataformas digitais, nos barracões, se voltarão, agora, para a confecção de adereços e fantasias.

Por isso é bom que eu finalize essa matéria antes que eu seja surpreendido com algum bloco carnavalesco aqui pelas ruas desse Rio que respira samba.

       Ah, não se pode encerrar um editorial assim. Justo quando o ano está se iniciando! Vou deixar-lhes em boa companhia: Vinícius de Moraes; Cora Coralina; Carlos Drummond Andrade; Castro Alves; João Cabral de Melo Neto e Manoel Bandeira.

O Editor

POESIAS (Vinicius de Moraes)

Tomara Que a tristeza te convença Que a saudade não compensa E que a ausência não dá paz E o verdadeiro amor de quem se ama Tece a mesma antiga trama Que não se desfaz

Vinicius de Moraes

De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente.

Vinicius de Moraes

Quando a luz dos olhos meus E a luz dos olhos teus Resolvem se encontrar Ai que bom que isso é meu Deus Que frio que me dá o encontro desse olhar

Vinicius de Moraes

O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento

Vinicius de Moraes

 

CORA CORALINA

Quebrando pedras E plantando flores Entre pedras que me esmagavam Levantei a pedra rude dos meus versos.

Cora Coralina

Quis ser um dia, jardineira de um coração. Sachei, mondei - nada colhi. Nasceram espinhos e nos espinhos me feri.

Cora Coralina

Nasci em tempos rudes Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo Aprendi a viver.

Cora Coralina

Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.

Cora Coralina

o verso; o tão famoso e inesperado verso que te deixará pasmo, surpreso, perplexo...eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

Cora Coralina


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e mal amar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Carlos Drummond de Andrade

Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade.


Carlos Drummond de Andrade

Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo. Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga.

Carlos Drummond de Andrade

Amor é bicho instruído. Olha: o amor pulou o muro o amor subiu na árvore em tempo de se estrepar. Pronto, o amor se estrepou. Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino. Essa ferida, meu bem, às vezes não sara nunca às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond de Andrade


MANUEL BANDEIRA

Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana.

Manuel Bandeira

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei

Manuel Bandeira

Quero ser feliz Nas ondas do mar Quero esquecer tudo Quero descansar.

Manuel Bandeira

Encerra em ti tua tristeza inteira E pede humildemente a Deus que a faça Tua doce e constante companheira...

Manuel Bandeira

 

CASTRO ALVES

Ver nossas vidas quais dois mansos rios, Juntos, juntos perderem-se no oceano, Beijar teus lábios em delírio insano Nossas almas unidas, nosso alento, Confundido também, amante, amado Como um anjo feliz... que pensamento!?

Castro Alves

Eu já não tenho mais vida! Tu já não tens mais amor! Tu só vives para o riso, eu só vivo para dor.

Castro Alves

Oh! Bendito o que semeia Livros à mão cheia E manda o povo pensar! O livro, caindo n'alma É germe – que faz a palma, É chuva – que faz o mar!

Castro Alves

Prendi meus afetos, formosa Pepita...mas, onde?No tempo? No espaço? Nas névoas?Não rias...Prendi-me num laço de fita!

Castro Alves

Na hora em que a terra dorme enrolada em frios véus, eu ouço uma reza enorme enchendo o abismo dos céus

Castro Alves


JOÃO CABRAL DE MELO NETO

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto

Mesmo sem querer fala em verso Quem fala a partir da emoção

João Cabral de Melo Neto

No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada; Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma.

João Cabral de Melo Neto

No fim de um mundo melancólico os homens lêem jornais. Homens indiferentes a comer laranjas que ardem como o sol.

João Cabral de Melo Neto

 
 
 

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