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02 - DIA DE FINADOS EM CACHOEIRA ALEGRE E MURIAÉ
- Fernando Mauro Ribeiro
- 2 de nov. de 2022
- 3 min de leitura
O Cemitério Bom Pastor, em Cachoeira Alegre, como acontece nos anos anteriores, recebeu por parte da administração municipal, pintura nos túmulos, nos muros e uma limpeza no seu entorno, para receber o grande número de pessoas que visitam-no no Dia de Finados; levando flores que são depositadas nos jazigos, acendendo suas velas, fazendo suas preces ou simplesmente silenciando-se, trazendo à mente as boas lembranças daqueles entes queridos que ali repousam, como uma forma de fazer-lhes memória.
Padre João Pedro de Melo celebrou Missa na Igreja-matriz São Sebastião, para um grande número de fiéis que também nessa ocasião comparece para rezar pelos seus familiares e amigos que se foram.
As chuvas que caíram pela manhã e continuaram a cair ao longo do dia, dificultaram o ir e vir de muita gente, que precisa se deslocar de outras cidades ou até mesmo da Zona rural, levando em conta as más condições de nossas estradas, o desconforto de enfrentar as intempéries como o barro, o frio e a própria chuva. É de fato, houve uma mudança climática, e os dias de calor, parecem dar lugar ao friozinho que vai se aproximando com a presença da chuva que teima em cairn a região.
Em virtude de tudo isso, esse ano, não registramos a presença de ambulantes comercializando flores, velas e água mineral nas proximidades da praça Olavo Carlos dos Santos e o Pátio da Matriz. Da mesma forma, não houve uma presença significative dos fiéis. Essas são as informações que colhi de nosso representante – poder-se-ia dizer de nossa succursal – em Cachoeira Alegre, já que também fui impedido de estar lá.
Na praça Cel. Pacheco de Medeiros, em Muriaé, comprei flores para depositá-las nos túmulos de familiares e amigos em Cachoeira Alegre. Impossibilitado de ir, dei outro rumo às flores, as levei de volta ao Cemitério do Bom Fim em Muriaé e as ofertei à Myrian e Conceição – companheiras, saudosas ex-esposas que não mais se encontram entre nós.
Eu havia participado da Santa Missa, às sete horas da manhã no Cemitério Senhor do Bonfim em Muriaé. Uma bela celebração pelo Pe. Carlos da Paróquia da Barra, que levou-nos a uma profunda reflexão acerca de nossa existência, essa nossa efêmera “passagem” por esse planeta, nossas atitudes e nossa preguiça spiritual, quando sabemos que a vida nesse vale de lágrimas é breve.
Santo Agostinho disse: “Uma lágrima evapora, uma flor murcha... só a oração chega ao trono de Deus”. O dia 2 de novembro é um dos dias mais emblemáticos do calendário civil e religioso: é Dia de Finados. Dia de sentimento de perda e de saudade, de recolhimento, de silêncio e oração, de esperança e fé na ressurreição dos mortos. Eu queria muito visitar o Cemitério de minha Cachoeira, para levar flores para minha mãe, meu pai, meu irmão Zé Luiz, tios, tias, avós e tantos amigos, não foi possível.
As orações sobem aos céus, etejamos nós onde quer que seja. Ja rezei, portanto, por cada um deles. Fica o desejo, a intenção de estar lá, onde me sinto mais próximo, onde consigo reunir as lembranças e passear de braços dados com a saudade entre um e outro jazigo. A demanda de coisas materiais, às vezes nos consome, quando tendem a se intensificar. Estou aprendendo a lidar com isso, buscando estabelecer critérios para dar estrutura ao dia a dia. Mas, agora, no entanto, eu só queria sentir-me mais perto.
Fernando Mauro Ribeiro
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