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03 - VIVER PLENAMENTE O TEMPO DA QUARESMA
- Fernando Mauro Ribeiro
- 3 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de mar. de 2021
Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo da Quaresma, cada sexta-feira em memória do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às práticas penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias) (CIC 1438).
A missão do Portal Novo Tempo é informar, e quando se informa sobre a religião através dos meios de comunicação, estamos também a evangelizar. Muitas vezes, essa vocação extrapola esses meios, criando uma relação direta, pessoal com o leitor. Peço para que você, na medida do possível, intensifique as suas orações e práticas piedosas em favor de nosso povo, nossa Comunidade, nossa Paróquia, pois vivemos tempos difíceis, e só a oração fervorosa a Deus Pai pode nos manter de pé!
Viva o tempo da Quaresma piedosamente. Rezar é meditar as orações da Via Sacra, nos eleva espiritualmente e nos aproxima de Jesus sofredor, nos permite partilhar com Ele nossas dores, trazendo-nos alívio, conforto, ânimo e esperança. Há perdas com a pandemia do Covid, - perdemos mais um filho da terra, meu conterrâneo e amigo – nos despedimos há cerca de três dias, de Ivan Lacerda Soares. Há ainda tanto a fazer, reze também, nesses quarenta dias, para que o Senhor nos inspire e nos mostre a Sua vontade para que realizemos essas obras.
VOCÊ SABE COMO SURGIU A VIA SACRA
Durante todas as sextas feiras da Quaresma, estamos nos reunindo na Matriz, para meditar sobre a Via Crucis de Jesus. Se você ainda não participou, coloque sua máscara e vá tomar parte nesse ato penitencial. Você sabe como surgiu a Via Sacra]. Veja:
A devoção da Via Sacra tem uma longa história. Nas celebrações de Jerusalém, como nos narra a monja espanhola Etéria (ano 380), havia um momento de ir à Gruta da Ressurreição (túmulo de Jesus) e ao lugar do Calvário. Com as cruzadas, temos as primeiras referências ao caminho percorrido por Jesus. Isso, pelo início do século XIV. Convém notar que a Jerusalém do tempo de Cristo já não existia mais.
Cem anos depois, temos a preparação para o que vem a ser a Via-Sacra dos tempos atuais: a peregrinação espiritual que consiste em seguir com o espírito, o Cristo carregando sua cruz, meditando e participando de suas dores, chegou-se a 47 estações. No século XVI, o frade carmelita João Van Paesschen, fez a Via Sacra com 14 estações. Como temos hoje, foi estabelecido na Espanha em 1650.
No século XVII, a Via Sacra teve dois grandes propagadores: São Leonardo do Porto Maurício e Santo Afonso Maria de Ligório, que deram grande impulso nesta devoção. Ultimamente se juntou à Décima Quinta estação para voltar ao sentido primitivo da devoção à cruz, que é a vitória de Cristo sobre o pecado.
Seria muito bom para que não se fique somente no sofrimento de Cristo, ver em cada estação a união dos sofredores do mundo atual às dores de Jesus. Os sofrimentos da humanidade se tornam redentores com Cristo. O sofrimento nunca é perdido. Nas Vias Sacras da Campanha da Fraternidade procura-se fazer essa ligação.
Como não é de tradição primitiva da Igreja, mas criação dos tempos medievais, podemos dar nossa contribuição. Como é uma devoção pessoal, cada um pode enriquecer com sua experiência e sabedoria.
Pe. Luiz Carlos – Missionário Redentorista

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