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05 – SEGURANÇA NO RIO DE JANEIRO: GRUPAMENTO ARMADO TERÁ ATÉ 13 MIL AGENTES EM 8 ANOS
- Fernando Mauro Ribeiro
- 5 de jan.
- 3 min de leitura
Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro afirma que grupamento armado terá até 13 mil agentes em 8 anos. É uma medida que vai ao encontro dos anseios da população que há muito se sente refém da bandidagem. E não é segredo para ninguém que a capital tem um alto índice de violência. Sabe-se também que isso não ocorre só no estado do Rio, mas também em outros e, principalmente nas capitais.
Não raras vezes, indagam de mim: Você não tem medo de ir ao Rio de Janeiro? Quando passo um tempo maior, como agora, por exemplo em que aqui estou há mais de um mês, a pergunta vem carregada de uma carga ainda mais dramática: Você tem coragem de morar no Rio? Você é maluco, trocar o sossego de Muriaé pelo corre-corre do Rio? A violência do Rio, não te assusta?
A todas essas perguntas, respondo com tranquilidade. Digo que onde fico (onde moro) é um condomínio seguro, que evito áreas com maior índice de risco, que utilizo mais o Uber, que vou às Casas de shows, teatros, cinemas e outros eventos noturnos, normalmente em áreas supostamente seguras, como shoppings por exemplo. Mas a verdade é que não se pode ficar refém do medo, porque senão nada se faz. Condomínio é seguro, mas como abrir mão de uma caminhada pela orla? Um banho de mar, um chope em um dos quiosques do calçadão de Copacabana? Uma visita ao Bar Garota de Ipanema, o berço da Bossa Nova.
Pois bem: essa notícia traz de fato um alento para o carioca, para aqueles que lá residem, trabalham e para tantos outros como eu que, gosto deste ir e vir Cachoeira-Rio de Janeiro e, evidentemente os milhares de turistas que procuram a cidade maravilhosa em busca de lazer. Mas não nos iludamos com a alvissareira notícia, pois isso não acontecerá da noite para o dia. Veja a matéria a seguir:
A Força Municipal de Segurança que o prefeito Eduardo Paes planeja criar para atuar armada em ações preventivas e de combate e de pequenos delitos no Rio, deve ter os primeiros agentes contratados e treinados ainda este ano. A ideia é que as primeiras patrulhas comecem a trabalhar em 2026 numa área piloto que pode ser uma região turística, como Copacabana, ou algum bairro cujo acesso seja fácil de monitora, como a Ilha do Governador ou Urca.
A estimativa inicial é que a nova força tenha um efetivo, daqui a oito anos, de cerca de 12 a 13 mil agentes - equivalente a aproximadamente 30% dos 42 mil da ativa da Polícia Militar do Estado do Rio, segundo números de 2024. - Nesta primeira fase, eu serei o “xerife” do programa, vou tocar pessoalmente, o projeto. Quero fazer com ele, o mesmo que reformulou e recuperou os serviços dos BRTs – diz Paes.
O detalhamento de como se formará a força foi iniciado na transição de governo, coordenada pelo vice-prefeito Eduardo Cavaliere com o apoio de um grupo de trabalho que há dois anos analisa como a cidade poderia auxiliar os policiais.
A primeira reunião oficial sobre o tema na nova gestão será hoje, domingo, 5 de janeiro. Entre os nomes que participam do desenho do projeto, estão o ex-secretário da PM Cel. Luiz Henrique Marinho Pires; o secretário de Ordem Pública, Delegado Breno Carnevalle; secretário da Casa Civil e Oficial da PM Leandro Matieli; e a economista Joana Monteiro, que já dirigiu o Instituto de Segurança Pública ISP.
A proposta é planejar a distribuição de efetivos com o auxílio de inteligência produzidas pelo Civitas, o sistema de videomonitoramento que começamos a implantar na cidade em julho, que já vem sendo usado pela polícia em inquéritos e que será ampliado. A força terá um papel de polícia de proximidade, voltada para o combate de pequenos delitos e roubos de veículos e pedestres. Produziremos estatísticas sobre os resultados para a sociedade analisar e criticar – diz Cavaliere.
Os agentes seriam selecionados entre os oficiais da reserva agregados temporariamente pelas Forças Armadas. Esses reservistas podem permanecer até oito anos na função e chegar ao posto de primeiro-tenente.
O vice-prefeito disse já ter uma ideia de quanto o programa vai custar fase a fase, bem como um cronograma para ampliar efetivos. Mas tudo será detalhado num projeto a ser encaminhado em fevereiro para ser discutido na Câmara Municipal, com expectativa de aprovação até o final do primeiro semestre.
Um novo órgão será criado para coordenar os serviços e os efetivos serão celetistas, com contratos temporários de até seis anos. Ofereceríamos salários compatíveis com o que ganhavam nas Forças Armadas, - ressalta Cavalieri.
Luiz Ernesto Magalhães e Rafael Soares granderio@.globo.com.br
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