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08 – FUTEBOL, COISA & TAL - EM NOME DA CLASSE
- Fernando Mauro Ribeiro
- 8 de set. de 2022
- 2 min de leitura
A partida já se realizou, já houve o jogo de volta no Maracanã em que o Flamengo venceu o Vélez por 2 a 1 e consolidou a sua vaga de finalista da Libertadores de 2022, mas continua repercutindo – inclusive nos jornais argentinos - a primeira partida naquele país, quando o rubro-negro venceu por 4 a 0 e a espetacular atuação do centroavante Pedro.
Para se ter uma ideia do tamanho do feito do Flamengo no Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires na goleada de 4 a 0. A ultima vez que um visitante havia feito esse placar sobre o oponente numa semifinal de Libertadores, ocorrera há 19 anos. Mais precisamente, em 2003, ano em que o campeão Boca Júnior goleou o América de Cáli, na Colômbia, no jogo de volta, selando a vaga na final em duas partidas contra o Santos.
Coincidentemente, o time de Dorival repete a injeção de autoconfiança que referendou o Flamengo de Jorge Jesus, na semifinal de 2019. Foi naquele 5 a 0 sobre o Grêmio, no Maracanã, que os argentinos enxergaram estar diante de uma equipe de fato, diferente: qualidade técnica, imposição tática e fôlego competitivo. Virtudes novamente percebidas no time que volta a fazer história na terceira final da Libertadores, em quatro anos.
O sucesso do Flamengo que joga com intensidade e padrão ofensivo, sem deixar espaços no campo de defesa, resgata o futebol brasileiro do modismo da importação de treinadores. Porque é assim em qualquer país europeu: a qualidade do trabalho de um técnico está quase sempre diretamente ligada ao talento e a experiência dos jogadores. Ambos, dependentes da estrutura do clube empregador.
E não há exceções. É isso e pronto! É evidente que o intercâmbio fez e faz bem a qualquer classe. A troca de experiências aprimora o saber e a concorrência estimula o desenvolvimento. Mas a busca frenética, do Flamengo de Marcos Brás, por um novo Jorge Jesus apostando em aventuras como Domenêc Torrent num primeiro momento, e Paulo Souza, num segundo ato. Hoje, percebe-se ter sido irresponsável e custosa. Para desfazê-la, gastou-se R$ 19 milhões.
É certo que Dorival ainda não encontrou percalços como os que impactaram o trabalho de Rogerio Ceni e Renato Gaúcho em 2021. Os desfalques de titulares importantes por convocações e lesões minaram o segundo semestre do Flamengo. Gabriel fez 18 rodadas no Brasileiro. Everton Ribeiro 23. Arrascaeta e Pedro 24. Esses dois, aliás, foram desfalques na derrota para o Atlético nas semifinais da Copa do Brasil.
De qualquer forma, ver o time rubro-negro jogando o que está jogando sob o comando de Dorival Junior, e caminhando para um final vitorioso, areja o cenário, por consequência, renova o crédito dos treinadores do país.
Gilmar Ferreira – gilmar@extra.inf.br
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