11 - A PANDEMIA E A FÉ DE UM POVO. O VÍRUS ESTÁ AÍ. ELE AINDA CIRCULA ENTRE NÓS

No enfrentamento do coronavírus, tivemos, todos que entrar em uma séria disciplina, a qual não estávamos acostumados. Com o passar do tempo, a queda do índice de infectados e a desobrigação do uso da máscara, fez, com que se houvesse um relaxamento e, muitos até, acreditaram que o vírus foi extinto, que a doença foi erradicada, dispensando o uso da terceira ou quarta dose (reforço) da vacina.

Acreditávamos que a vida voltaria ao normal, também com o passar dos dias. Isso não quer dizer que devemos dispensar os cuidados com a higiene das mãos, utilizando o álcool gel, e que evitemos aglomerações. Os cuidados devem ser mantidos, pois o vírus ainda está aí!

O número de casos vem crescendo, há pessoas ainda descrente da vacina, há aqueles que dizem não ser necessária a terceira dose, e com isso, colocam a sua saúde e a dos outros em risco. É óbvio que respiramos um pouco mais aliviados, mas não nos custa recordar que experimentamos uma mistura de tristeza, medo, desamparo, perdas e dores, nesse enfrentamento. Talvez pairou em nossas mentes e não faltou quem multiplicasse a ideia de que “este mundo está amaldiçoado”.

Não foi olhando por essa janela que os homens e mulheres acreditados por Deus nos ensinaram. Assustados, perguntávamos: “a que isso vai nos levar”? Acho oportuno partilhar com nossos leitores, o testemunho dos santos frente aos momentos exigentes e de fortes provações em suas vidas. Assim como os santos, não precisamos entender e dar explicação a tudo, mas, antes, precisamos acreditar.

Esse é o grande valor de tudo o que vivenciamos: acreditar mais. Deus não é pra ser compreendido, mas para ser amado, acreditado. Nisto os santos são grandes mestres para todos nós. Precisamos amar mais e acreditar sem reservas no Deus que cria, caminha e salva. Tenhamos sim os devidos cuidados, estejamos atentos. Mas o vírus que precisamos combater permanentemente é o de uma fé fraca e doentia, incapaz de se surpreender e abrir-se ao mistério que é Deus... o Eterno apaixonado pela humanidade!

Não vou aqui, nesse artigo, trazer número de pacientes internados com Covid-19, nem falar de hospitais sem vagas, enfermos esperando por leitos... Também não vou publicar gráficos e nenhum painel de monitoramento dos casos de Covid. Mas, não posso me furtar uma nota que, chama-nos a atenção. Veja:

No final da tarde dessa segunda feira (11-07-2022), o Conselho Nacional dos |Secretários de Saúde (Conass) atualizou os números diários sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo os últimos dados, o Brasil agora possui 32.940.507 casos confirmados e 673.758 mortes pela Covid-19. Somente nas últimas 24 horas, foram incluídos mais 44.043 contaminados e 148 falecimentos pela doença. A taxa de letalidade em todo o território nacional, no momento, oscilou e 2,1% para 2,0%.

Ainda outro dia, -mês de junho – celebramos três grandes santos com nossas festas juninas, Santo Antonio, João e Pedro. Olhando para eles, podemos nos perguntar: como viver a santidade tendo-os como exemplo? Lembrando que cada ser humano é único diante de Deus. Temos que fazer o que se deve e estar inteiro no que se faz, com amor e por amor. O amor á capaz de mudar as coisas. A santidade é o efeito da ação divina unida à resposta humana.

Diante disso, lembro também que as renúncias e sacrifícios serão inevitáveis, que a oração – diálogo com o Criador – deve estar sempre presente. Só assim seremos fortes o suficiente para mantermos os braços estendidos e as mãos permanentemente abertas para acolher, afagar e ajudarmo-nos, constantemente, nessa difícil e cansativa escalada da vida. Os santos e santas descobriram a beleza da amizade íntima com Deus. Caminhemos também nós na santidade, sendo amigos de Deus, amando-o e confiando n’Ele.

Fernando M. Ribeiro