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12 – SUAS METAS PARA 2022, COMO ESTÃO?
- Fernando Mauro Ribeiro
- 12 de fev. de 2022
- 4 min de leitura
“O importante é ser fevereiro que tem carnaval para gente brincar...” diz o refrão de um samba dos anos setenta, na voz do irreverente e saudoso Jair Rodrigues. O que fazer então, se esse fevereiro de 2022 não tem carnaval? Sabemos que em razão da pandemia o carnaval nos grandes centros, as capitais e também cidades de porte médio não haverá a festa de Momo. O mega, evento deve acontecer em abril, no feriado de Tiradentes, quando se espera uma melhora nos altos índices da ômicron, variante do coronavírus.
Bom, eu não sei exatamente o que fazer os aficionados pelo carnaval, senão esperar por abril, contudo, faço uma exortação: É bom que nos apercebamos de que janeiro se foi, o mês de fevereiro aí está... e as nossas metas? Onde e como ficaram nossas propostas de mudança? Onde estão as metas que traçamos no fim de 2021 para serem atingidas em 2022?
De fato, ainda ouço muita gente falando sobre meta. Acho interessante perceber que, hoje em dia, a gente encontra lista de metas até em agendas e planejadores (inclusive, em Diários Espirituais) como vi, no fim do ano passado, numa livraria em Ipanema. Parece ser coisa nova falar sobre ter um objetivo e correr atrás dele, mas este tema é bem mais antigo do que a gente imagina.
Faço isso, desde minha tenra juventude e, como a maioria, abandono depois todas as metas e o ano segue sem que eu me dê conta. Mas no ano seguinte, faço de novo. Pera aí, eu não sou assim tão antigo, né! Então, busquemos na Bíblia a Carta de Paulo aos Filipenses (3,13-14): “Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão diante, prossigo para a meta, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus”. Pois é, São Paulo já falava sobre a meta dos cristãos, partindo do seu próprio testemunho e de sua necessidade de perseguir este objetivo.
“Muito mais do que falar sobre desafios e auto
Superação, quando citamos a meta do cristão, falamos diretamente da vontade de Deus para seus filhos: que sejamos, todos, salvos; que conheçamos o Seu amor; que nos amemos uns aos outros. Enquanto este reino não se concretizar totalmente na face da terra, não podemos dizer que a meta foi alcançada”.
Li, esse trecho, entre aspas, numa revista católica, há algum tempo e isso preocupou-me enormemente, porque pensei: é muito difícil se atingir essa meta! Depois, disse para mim mesmo: Deus não nos pede nada impossível, só nos pede que nos amemos. Amar é tão difícil assim? De maneira nenhuma!
Reza o livro de Provérbios – que gosto muito – (16,9): “O coração do homem planeja seu caminho, mas é o Senhor que firma seus passos”. Portanto, podemos e devemos sonhar. Minha mãe sempre dizia, quando eu lhe ia falar de algum projeto mirabolante ou não: “sonhar não custa nada e é bom que sonhemos, mas tenha os pés no chão”! “Aquele que não sonha, já morreu”. Você já deve ter ouvido essa frase ou algo parecido. Algumas vezes, minha mãe dizia: “coloca-se no seu lugar”! Isso, de certa forma me tolhia. Disse algumas vezes que, minha mãe me impedira de sonhar, de projetar. Talvez sim, mas creio firmemente que o fizera no sentido de se evitar que eu sofresse com decepções e frustrações originadas desses prováveis sonhos, para ela, “faraônicos”.
E é aí que me situei, ao iniciar esse artigo, aí é que me deparei com o eixo dessa possível reflexão. Como estamos sonhando? Como estamos fazendo nossa lista de metas? O que elegemos como prioridade? Ah, amados leitores, vós sois testemunhas de alguns sonhos-projetos que tive que interromper. Para citar apenas um: a restauração e adequação do prédio do Museu de Arte Sacra em Cachoeira Alegre. Conseguimos uma pequena verba, levamos profissionais de cada área ao local para avaliar as mudanças necessárias – as atas das reuniões foram publicadas aqui – e quando se pensava que iniciaríamos as obras; ouve-se de nosso pároco: “Aqui, não”! Tento argumentar: “Padre, pois fora o senhor quem me pedira que tocasse essa obra e, eu nada faço sem antes consulta-lo? “Aqui quem manda sou eu”! Se é assim, o que fazer, se não esperar? E esperando estamos desde outubro de 2021.
Mas, voltemos às metas de que eu falava. Se o início de um ano novo é um convite a novos sonhos e planos, que tal nos atermos de que fevereiro chegou. Não importa o que esteja lá, no topo de sua lista, prossigamos em busca de atingir as nossas metas. Queira Deus que nessa relação esteja a Evangelização. Sim. Porque ela consiste em alargar o Reino e levar para perto de Deus todos aqueles que ainda não O conhecem.
Não tivessem meus pais, plantado em mim, a semente da fé, eu teria como tantos, já abandonado o barco de minha Igreja católica e saltado talvez, para outro barco, onde haja quem sabe o diálogo, tão necessário para se atingir as metas, para se chegar a algum lugar. Reitero, porém, que sou católico por convicção, com meus muitos defeitos, mas consciente de que primo pelo respeito. Não vou a Igreja e nem deixo de ir, por causa desse ou daquele padre. Busco na Palavra e na Eucaristia, estar em sintonia com Deus. Esta, é com certeza, minha maior meta.
Fernando Mauro Ribeiro
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