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12 - TRÊS PERGUNTAS DO SALMISTA

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 12 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

As três perguntas que aqui iremos refletir encontram-se no salmo 4. São perguntas em vista das nossas opções e nossa liberdade. Perguntas que tocam a nossa consciência e nossos projetos de vida. São perguntas muito existenciais. Vejamos:


1) Por que fechais o coração? Os patriarcas e profetas, os homens de Deus sempre ensinaram. “Não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor”. Fechar o coração significa rejeitar, resistir, desacreditar do amor de Deus. É o pecado da incredulidade, da rebelião, da desobediência que vem desde Adão até hoje.

Fechar o coração é fechar qualquer possibilidade de diálogo, de resposta, de acolhimento da revelação de Deus. Assim é o coração de pedra, não aceita a salvação, não se deixar amar, petrifica-se.

Um coração fechado a Deus também não abrirá sua porta ao próximo e será surdo à voz da consciência. Quando este fechamento permanece até a hora da morte, estamos diante de uma “impertinência final”. O coração fechado não permite Deus salvar. Desse fechamento origina-se o inferno que é a opção fundamental de não aceitar Deus, nem seu amor, sua graça, sua salvação.

O coração fechado a é aquele que não será perdoar, compreender, servir. O coração fechado transforma-se num lixeiro. “É do coração que saem ambição, malícia, devassidão, inveja, difamação, arrogância”. (cf Mc 7,21-22). Um coração que se abre, torna-se um coração de carne, isto é, bom, humilde, aberto, solidário, generoso, fiel.


2) Por que amais a ilusão? Eis uma experiência universal, experiência frustrante, decepcionante, enganadora. A maior parte da nossa vida, é ilusão, diz o salmista. Ilusões da idade, da sociedade, da cultura, do tempo etc. Ilusões é que não faltam. Os santos pedem a Deus: “Senhor, tira meus enganos”: amar a ilusão é amar o nada, a vaidade, o fracasso, enfim, é amar os ídolos que fabricamos. Como é difícil a gente se desapegar-se das ilusões. Elas são fascinantes, atraentes, envolventes. Peçamos a Deus o dom do discernimento, para não sermos tentados a colocar nossa segurança nas ilusões. Muitas vezes Deus usa a “terapia do choque” para que descubramos e abandonemos as ilusões.


3) Por que buscais a falsidade? A mente humana tende par a verdade. Quando buscamos a falsidade quer dizer que estamos invertendo os valores. Elegemos a fralde, a mentira, a corrupção como filosofia de vida.

Num ambiente de falsidade, de hipocrisia, as aparências, a fama, se tornam um estilo de vida, uma mentalidade, uma opção fundamental para o mal. No reino na falsidade tudo vale. A balança falsa, a ideologia do lucro a propaganda consumista, o remédio adulterado etc. onde há falsidade é impossível a confiança, a transparência, a coerência.

As três perguntas do salmista são como que uma martelada em nossas cabeças para a gente acordar. Não podemos ficar justificando o mal nem invertendo os valores, ou seja, amar o mal e odiar o bem. Convertei-nos, curai-nos, conduzi-nos Senhor!

Dom Orlando Brandi – Arcebispo de Londrina


 
 
 

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