16 - JERUSALÉM CELESTE: CIDADE REVESTIDA PELA GLÓRIA DE DEUS

A Igreja também é chamada de “Jerusalém Celeste” e “Nossa Mãe” (Gal 4.26). E ainda descrita como a esposa imaculada do Cordeiro Imaculado. Cristo amou-a, fez com ela uma aliança indissolúvel e incessantemente “a nutre e dela cuida” (Ef 5.29 – CIC 757). Vamos saborear juntos, aprendendo um pouco mais sobre esta maravilha deixada por Cristo Jesus, lendo atentamente a carta escrita por São João: Apocalipse 21,9-27.

      (9-11) Quem representa a Cidade Santa, a Jerusalém Celeste a São João, é o próprio Anjo de Deus. E a cidade é revestida pela própria glória de Deus. Fico a imaginar quando Moisés avistou a sarça ardente; teve que tirar as sandálias, porque o solo era sagrado. Imagine, então, esta cidade que é sagrada, pois a graça de Deus a envolve!

     (12-14) Vale lembrar que, naquela época, a importância de uma cidade era demonstrada pela fortaleza de seu Rei. Quanto mais alto e mais forte a muralha, mais importante era a cidade. São João narra que a Cidade de Deus tinha grande e alta muralha, contendo 12 portas, guardada por 12 anjos, tendo como fundamento (coluna, broca de uma construção) os nomes dos 12 apóstolos. Teologicamente falando, o número 12 exprime a plenitude moral, sólida e equilibrada; traz também a continuidade da Antiga e Nova Aliança (Ez 48. 30-35 – Efe, 2.20).

        Outro ponto importante é que os cientistas daquela época imaginavam que o mundo era quadrado, temiam que se uma navegação chegasse ao final do oceano, cairia, como que uma cachoeira, desta forma, verificamos que há 3 portas em cada canto do mundo, exprimindo que a Igreja está aberta a todos. A catolicidade da Igreja é universal.

       (15-20) Tanto o material da cidade quanto os equipamentos para medi-la deve ser da melhor qualidade, pois a Cidade é revestida pela glória de Deus. Quanto à medida, 12.000 estádios (aproximadamente 2 Km), significa que a cidade é completa (perfeita) sem erros de construção ou arquitetura. Aqui, a cidade inteira é tratada como um templo ideal (Ez 40).

        (21-24) As portas são construídas de uma só pérola, nisso vemos a união da Igreja, desde a Antiga Aliança, até os dias de hoje, entre o Santo Padre o papa, Bispos, Padres, Diáconos, Religiosos e Religiosas, tendo como templo o próprio Deus que habita em nossos corações, instruindo e conduzindo a Igreja (iluminando).

       (25-57) E, por fim, o destaque de que a igreja jamais fechará as portas para seu povo, dia e noite, sempre a acolher quem mais precisa, entretanto, o cuidado de ter um coração convertido, a fim de ganhar a promessa de morar com Deus.

Ir. Gregório Duarte Bastos