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17 – BRASIL E SEUS MAIORES JOGADORES DE TODOS OS TEMPOS
- Fernando Mauro Ribeiro
- 17 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Belini: O gesto da taça levantada sobre a cabeça do capitão brasileiro imortalizou-se.
Nome: Hideraldo Luiz Belini
Nascimento: 07-06-1930, em Itapira – SP.
Clubes: Sanjoanense (1949-1952), Vasco (1952-1962), São Paulo (1962-1967), Atlético Paranaense (1968-1970)
Seleção Brasileira: 1957-1966 (51 jogos, 0 gol).
Belini entrou na a história do futebol por vestir uma faixa e criar um gesto. Capitão da Seleção Brasileira que pela primeira vez conquistou o título mundial, Beline recebeu a taça e, diante de uma multidão de fotógrafos, ouviu um deles pedindo que a levantasse. O gesto da taça levantada sobre a cabeça do capitão brasileiro, imortalizou-se. Quase por acaso.
Não foi o acaso, no entanto, que levou Belini a vestir a camisa 2 e a braçadeira de capitão. Não era um exemplo de elegância com a bola nos pés, porém impressionava pelo sentido de cobertura. Mas não tinha medo de chutar de bico, se fosse preciso.
Na decisão da Copa, se houvesse necessidade de jogar sujo, não havia problema. Um lance marcante é o do capitão subindo com os braços estendidos para evitar com as mãos, que o lançamento do sueco Liedeholm ameaçasse o goleiro brasileiro Gilmar dos Santos Neves. Como não havia ainda aplicação de cartão amarelo, o lance serviu apenas como proteção para a defesa do Brasil.
No retorno ao país, virou herói em sua cidade natal, a pequena Itapira, no interior de São Paulo. Tão grande quanto o amor de sua cidade era o carinho da torcida do Vasco. Fez história em São Januário, onde chegou, em 1952 e passou dez anos. Vinha do modesto Sanjoanense, time da Segunda Divisão de São Paulo. Saiu de Itapira, descoberto pelo olheiro Mauro Xavier da Silva. Passou três anos em São João da Boa Vista, antes de ser descoberto pelo Vasco. Em dez anos, conquistou os títulos cariocas de 1952, 1956 e 1958. Este último, um torneio épico, num campeonato que terminou com empate na classificação final entre Flamengo, Vasco e Botafogo e exigiu dois triangulares para apontar o campeão.
Antes dessa decisão, Belini já era o eterno capitão. A finalíssima contra o Flamengo, aconteceu em janeiro de 1959, um empate em 1 a 1 em que Roberto Pinto foi o herói vascaíno ao marcar o gol do título e Belini, o xerife da zaga, espantando os atacantes rubro-negros.
Belini passaria mais quatro anos no Vasco antes de se transferir para o São Paulo. O tricolor havia negociado com o Santos o clássico Mauro Ramos de Oliveira, reserva de Belini na Copa do Mundo de 1958 e 1962, e Belini se transferiu para o São Paulo para substituí-lo.
Mesmo veterano – já tinha 32 anos – Belini fez história nos dois primeiros anos do Morumbi. Não conseguiu dar o título ao tricolor, que gastava mais dinheiro com tijolos e cimento para erguer seu estádio que com jogadores capazes de ajudar Belini a levantar outra taça.
Depois da Jules Rimet e do supercampeonato carioca de 1958, o grande capitão só seria campeão novamente em 1970, no Atlético Paranaense. No velho estádio Joaquim Américo, com Djalma Santos, fez o clube de Curitiba encerrar um jejum de 12 anos sem troféus. Na capital paranaense, recuperou o gesto imortal. Com as mãos sobre a cabeça, ergueu o troféu, repetindo o feito que o mundo inteiro copiou.
André Kfouri e Paulo V. Coelho
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