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19 - O AMOR QUE NOS PRECEDE
- Fernando Mauro Ribeiro
- 19 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Jesus nos apresenta como o amigo que nos amou até a doação da própria vida. Ele nos convida a amar-nos uns aos outros com igual amor, dedicando nossa vida ao próximo para que faça a experiência da salvação do Senhor, Deus é amor e é amando que demonstramos conhece-Lo. Celebremos em comunhão com todas as mães neste dia a elas dedicado.
Irmãos e irmãs queridos, se quisermos ser sinceros, temos de admitir que escrever ou falar sobre o amor é façanha cada vez mais árdua. Corre-se o risco de cair na banalidade, na ambiguidade, no espiritualismo ou até no sentimentalismo. De maneira que os escritores, os pregadores ou mesmo os cantores do amor não nos convencem mais.
É que o amor, apesar de tanta promoção, ainda não passa de ilustre desconhecido. Dele, desconhecemos as fontes, as raízes, a autoria e até o tempo de aparecimento. Ignoramos que ele não nasceu conosco e que não somos nós seus inventores: ele preexiste e nos precede desde a eternidade. De fato, “nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Deus que nos amou primeiro”, (1 João 4-10).
Na raiz do amor, então, está a liberdade de Deus, que primeiro nos amou e, por isso, nos chamou à existência. Quer dizer que, se não houvesse esse ‘amor preexistente’, ninguém estaria aqui para contar a história. Portant o, o amor que nos precede, é filho da liberdade de Deus, Não era necessário que Ele nos amasse e nos lançasse no rio da vida: fez isso livre e gratuitamente. Mas com a condição de que também nós entrássemos no ritmo do amor gratuito, a fim de que a vida adquirisse seu autêntico sentido.
Com demasiada frequência, porém, cedemos à tentação de atraiçoar o amor que nos precede. Andamos pensando que amar é escolher - - e escolher é excluir. Ao contrário, o amor é força que tende para a unidade e não tolera exclusões.
Então, revisitando as raízes do amor, chegamos até o verdadeiro Deus. O qual, como é lógico, ama a todos, mas não deixa de ter certa queda por aqueles que nós costumamos excluir.
Conclusão: o amor que nos precede e acompanha um dia se encarnou e tornou visível em Jesus Cristo. E hoje, quem deveria encarná-lo e torna-lo visível – a não ser eu e você ].
Pe. Virgílio, ssp
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