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21 - POLÍTICA: SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA
- Fernando Mauro Ribeiro
- 21 de fev. de 2022
- 4 min de leitura
O título da matéria está no capítulo 1, versículo 27 do profeta Isaias: “Serás libertado pelo direito e pela justiça”. Essa frase me levou de volta a 2019, fazendo-me lembrar da Campanha da Fraternidade daquele ano que foi sobre: Fraternidade e Políticas Públicas”. Estamos em um ano eleitoral e devemos estar ainda mais atentos, pois candidatos que queiram nosso voto, surgirão aos montes. Com a intenção de se chegar à presidência do Brasil, nós veremos um grande número de pessoas colocarem seus nomes à disposição e à exposição pública ainda que não tenham registradas as suas candidaturas. Sejam elas indicadas ou não pelo partido, todo nome deve ser avaliado.
Não estou aqui me arvorando a dar aulas de política, pois não sou nenhum cientista político, nenhum professor com gabarito para tanto e nem mesmo um autodidata, já que a política é um tema que não me atrai e, sendo assim, sei muito pouco, não posso, portanto, “ministrar aulas”. É óbvio que, procuro ler a respeito, me informar, para não ficar alienado, nem indiferente aos rumos que o meu país tomará com os votos que serão depositados nas urnas em outubro, elegendo deputados, estaduais e federais, governadores de Estado, senadores, presidente e vice-presidente do Brasil.
E vós, que como eu, porventura não se interessa tanto pela política; não seja omisso, se esforce, busque conhecer o mínimo que seja, para fazer um voto consciente. Não estou aqui a indicar esse ou aquele candidato. Não sou do tipo: “nós, contra eles”. Aliás, acho isso uma tremenda besteira. Nós, quem? Contra, quem? Nós, o povo, contra o próprio povo? Parece mais ou menos isso, pois, os políticos nunca estão, uns contra os outros. Isso só figura nas propagandas eleitorais, nos seus discursos. Haja vista as alianças partidárias, as coligações que fazem os partidos para se chegar ao poder. Então, nos bastidores, eles se entendem. Nós, eleitores desavisados, é que, muitas vezes, até fazemos inimizades, quando permitimos que a paixão política fale mais alto que a razão e nos domine, ao defendermos esse ou aquele candidato.
Nenhum candidato oficializou ainda sua candidatura. Sabe-se, no entanto, que Jair Messias Bolsonaro quer se reeleger para mais um mandato; também que Luiz Inácio Lula da Silva quer voltar ao poder; Ciro Gomes, já fala como candidato e Sérgio Moro, está em campanha. Mas, há o Jorge Dória em São Paulo e muitos outros que ainda surgirão. O eleitor terá, portanto, muitas opções e deve estudar cada um dos nomes. Se não que votar em A ou B, tens as opções C, D, E, F e quase que um alfabeto inteiro. Aguardem e verão!
Voltando, porém, ao primeiro parágrafo, eu insisto que a Campanha da Fraternidade deve ter nos ensinado alguma coisa, pois somos eternos aprendizes e o objetivo da Igreja com a campanha, é exatamente esse, nos exortar, nos orientar para a nossa realidade, para nos conscientizar de que nós podemos, com o nosso voto, mudar toda uma estrutura que julgarmos indevida.
Entendo que, decepcionados com a situação política brasileira, esse tema toca numa ferida que muita gente prefere deixar quieta. Mas, ele é uma chance de sair da decepção e dar passos de renovação. Digo isso, em relação aos governos municipal, estadual e federal e também em outros seguimentos políticos que podemos além de manifestar nossa opinião, interferir com o nosso voto. Em vez de só esperar por bons políticos, a gente toma iniciativa, formando uma rede de atuação prática e construtiva onde nós próprios participamos.
As políticas públicas são iniciativas para solucionar os mais diferentes problemas que encontramos na vida concreta e que depende de alguma ação do governo federal, estadual ou municipal. São: sociais (por exemplo: saúde, educação, moradia, previdência, estradas, segurança); econômicas (fiscais, industriais, comerciais, etc.); Administrativas (garantias administrativas, participação popular e semelhante); setoriais (questões específicas como meio ambiente, etnias culturas, minorias, diferenças de gênero, direitos humanos).
Acontecem em forma de grupos que se organizam e solicitam medidas do governo em pontos específicos, por exemplo, abrir escolas ou creches, melhorias sanitárias, atendimento à população carente. Podem nascer também de organizações comunitárias, para as quais se buscam o incentivo público do governo. Os Conselhos Comunitários são um exemplo positivo de trabalho bem-sucedido. Os mais jovens desconhecem, mas muita gente aqui em Cachoeira Alegre, participou de reuniões do C.D.C e pode testemunhar as muitas obras que foram realizadas por essa entidade. Por exemplo, rede de saneamento básico, pontes e calçamentos.
Esses grupos podem atuar ainda quando se organiza na falta de coleta de lixo ou se movimenta para implantar a coleta seletiva, a limpeza e despoluição dos córregos e rios, buscando o apoio público para esta iniciativa. Outro exemplo são organização de Conselhos Tutelares de pessoas vulneráveis e até mesmo de controle da ação de governo.
A políticas públicas são muito importantes, pois buscam soluções concretas para os problemas. Grandes sistemas de hoje, como o SNJ, Sistema Nacional de Juventude, ganharam corpo de esforços que nasceram das bases populares. Estejamos atentos e, na medida do possível, nos engajemos em algum movimento, pois juntos podemos mais. Outro exemplo que posso mencionar é essa movimentação em busca de melhorias para as nossas estradas. Não se obteve ainda, nada de concreto, já que o empenho para as verbas, são anteriores – datam de agosto de 2021 – mas, a mobilização de parte da população com esse objetivo, já foi percebida e os políticos acenaram com a possibilidade de se fazer algo. Só que, o movimento tem que seguir, permanecer atento, continuar cobrando. Queremos estrada Muriaé-Cachoeira (Silveira e Barão) pavimentadas, antes das eleições.
Jesus ensina que a fé nos ajuda a agir diante das necessidades dos outros. Na multiplicação dos pães está um exemplo claro dessa responsabilidade. Ele nos diz: "Dai vós mesmos de comer”, mas não nos deixa sós e nos ensina como fazer.
Fernando Mauro Ribeiro
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