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20 - DIA MUNDIAL DE COMBATE ÀS DROGAS E ALCOOLISMO
- Fernando Mauro Ribeiro
- 20 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
O ALCOOLISMO é uma doença que se caracteriza pela autoadministração do álcool, que começa de forma experimental, como recreação e passa progressivamente a ser de uso rotineiro até se transformar em um comportamento repetitivo e sem controle. Essa é a essência da doença: comportamento compulsivo, descontrolado e excessivo em usar o álcool.
A própria definição já indica que existe um caminho para se chegar a este descontrole. Tudo começa com o uso recreativo do álcool, as “cervejinhas com os amigos”, passa pelos problemas desencadeados pelas bebedeiras (acidentes de trânsito, por exemplo); e culmina na plena dependência do álcool.
Neste ponto final observamos que a pessoa não consegue controlar mais o quanto se desejaria beber, passando a beber não mais por prazer, mas para aliviar o desconforto da falta do álcool no organismo. Nesta fase os indivíduos dependentes dizem “eu paro quando quiser”! Dizem com “orgulho” como se detivessem todo o controle. E é verdade: parar eles conseguem, mas não por muito tempo e voltam a beber.
Este caminho para a dependência do álcool, não se instala da noite para o dia, é lento e pode levar anos. Este detalhe dificulta para que a família, os amigos e até o próprio indivíduo percebam a “chegada” da doença. A droga álcool, tem essa característica, entra de forma mansa, vagarosa na vida das pessoas, como um prazer, uma brincadeira e quando percebemos, ela controla nossa vontade.
Mas nem todos que bebem chegam a dependência. Em média, uma entre cada dez pessoas que bebem “socialmente” chegarão a tornar dependentes. Então, qual o caminho para não escorregar para a dependência? A chave é o diagnóstico precoce. Questione-se: você já tentou diminuir a quantidade e a forma como bebe e não conseguiu?
As pessoas que gostam de você já falaram, criticaram do seu jeitão de beber? Você já se sentiu incomodado, culpado com pelo jeito que bebe? Você já bebeu para aliviar uma tensão ou uma ressaca? Se nessas questões você respondeu pelo menos uma positivamente, pode ir conversar com seu médico de confiança.
Não tenha medo de falar da sua forma de beber, de ser julgado em ser “alcóolatra”, “bebedor”. Lembre-se: nós não controlamos as doenças, mas controlamos o tratamento. Aceitar a falta de controle no uso de uma droga é começar o tratamento.
A boa notícia: existe tratamento para o alcoolismo. E quanto mais cedo se detectar o problema com a bebida, mais fácil, rápido, barato e eficiente será o tratamento. Dicas finais sobre como beber e como prevenir alguns problemas com o álcool:
1) não beba sozinho;
2) não beba para avaliar alguma tensão emocional, tristeza, desafeto ou outra tensão negativa;
3) não use álcool como remédio para os problemas do cotidiano
4) não permita que menores de idade façam uso de bebidas alcóolicas.
Luiz Arenares – Médico Psiquiatra
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