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20 - ...EU SOU PARA MEU AMADO E O MEU AMADO É PARA MIM”. SEMANA DA FAMÍLIA (Cântico dos Cânticos)

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 20 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Estas são as palavras que ressoam quando se termina de ler a exortação apostólica pós-sinodal sobre a família. Assim, num desfecho sublime sobre a origem da família, a citação bíblica acima referida faz alusão ao fim da solidão angustiante do homem, que não encontra na proximidade com os animais a sua realização, e, por isso, é agraciado pela companhia da mulher, de onde surge a família.

Para situar o leitor, esse documento chamado “Amoris Laetitia” é o resultado do encontro dos bispos, chamado Sínodo, que teve como tema central a família. O mundo inteiro estava de olho nos que eles, reunidos no Vaticano em outubro de 2015, refletiam sobre os conflitos, dificuldades e os novos horizontes em relação à família atual. Engana-se quem pensa que o tema do documento pós-sinodal venha refrescar a nossa memória aplicando-nos um amor singelo sem comprometimento com a realidade.

O documento aponta caminhos importantes como o de reestruturar e retomar a construção de uma família que garanta aos seus membros a vivência dos valores essenciais como o respeito, a fidelidade e a comunhão.

Ao apontar as diversas crises pelas quais passa a família hoje, o Papa lança mão de um argumento fundamental: a realidade bíblica. Explicita desde o conflito entre Caim e Abel até passar pelas visitas que Jesus fazia às famílias, ceando com uma ou apenas matando sua sede. Ele as insere em suas parábolas como o filho que abandonou em busca das satisfações pessoais, a viúva abandonada, sinal de que alguém a deixou naquela situação, o jovem rico e tantas outras.

A exortação papal aponta hoje uma grave crise que interfere diretamente na formação famílias, fruto da sobrecarga no horário de trabalho que impede que a família se encontre, viva momentos de partilha e não deleguem à TV um papel que é deles.

O texto aponta para a necessidade de uma política que favoreça uma vida digna à família como a casa própria, saúde, projetos que possibilitem aos jovens vislumbrar um seguro adequado e seguro. Cercada desde fora com estas questões, a família precisa ainda andar, olhar para dentro de si e lutar para que muitas coisas em seu seio não se percam.

Na família, por exemplo, não pode imperar o individualismo que afasta os esposos e rompe com a educação dos filhos. Não deve haver lugar para a desesperança, porque a família é construída sobre laços sólidos de um amor que impulsiona a lutar por um futuro melhor.

É preciso haver um grão de Misericórdia que ajude a família a viver melhor. O perdão mútuo, a fidelidade contínua, as expressões de amor entre os casais precisam ser reestabelecidas. Esta igreja doméstica precisa vivenciar o perdão como força vital para enfrentarem juntos as crises externas e internas.

A Misericórdia é um sair de si para encontrar a parte ferida do outro, dilacerada pelo nosso egoísmo. E a família, quando está dilacerada pelas feridas do mundo, precisa experimentar a misericórdia para superar o desafio mais simples, porém, mais constante, o medo do futuro e por não saber aonde vai dar tudo isso. Pela fé, ela há de ter esperança.

Fonte: Revista Brasil Cristão



 
 
 

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