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23 – COM MUITA DEDICAÇÃO E RESILIÊNCIA, CHEGA AO FIM AS OBRAS DO MUSEU
- Fernando Mauro Ribeiro
- 23 de fev. de 2023
- 3 min de leitura
Ainda outro dia, eu dobrava alguns cortes de tecidos – são doze ao todo – que comprei e vou doar para fazer toalhas para mesas, cantoneiras e altares do Museu de Arte Sacra em Cachoeira Alegre. Foi quando, com o tecido na mão, me peguei pensando na cor roxa. Talvez por estar vivenciando o período Quaresmal, não sei!
Segundo o uso do tradicional Missal Romano, as cores litúrgicas são seis: verde, branco, vermelho, roxo, preto e rosa.
A COR BRANCA significa a paz, a pureza e a ressurreição de Cristo.
A COR ROSA é raramente usada nos dias de hoje, simboliza uma breve “pausa” na tristeza da Quaresma e na preparação do Advento. Pode-se usar no terceiro Domingo do Advento e no quarto Domingo da Quaresma. Esses dois domingos são classificados na liturgia de: “domingos da alegria”, por causa do tom jubiloso de seus textos.
A COR PRETA: Também em desuso, simboliza a morte. Usada em funerais vem sendo substituída pela cor roxa. Pode ser utilizada na celebração de Finados.
A COR VERDE simboliza a esperança que todo cristão deve professar. É usada em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.
A COR ROXA é a que se usa no período da Quaresma, do Advento e nas missas pelos mortos. Durante a quaresma, a cor roxa é usada nos paramentos dos sacerdotes e na decoração das igrejas. O roxo tem uma série de significados, contudo não vou me aprofundar na psicologia das cores. No momento, para essa matéria, vou dizer apenas o que ele representa segundo a Bíblia que diz: “Para os católicos o roxo tem significado de melancolia e penitência”. Simboliza o luto da Igreja pelo sofrimento de Cristo.
COR VERMELHA: É sempre sinal do martírio. Por isso a Liturgia prevê que as celebrações do Domingo de Ramos, Paixão do Senhor, Santos Mártires sejam celebradas de vermelho. A cor é sinal de fogo do Espírito Santo, e por isso é utilizada também na celebração de Pentecostes e nas celebrações do Sacramento da Crisma.
AINDA SOBRE AS CORES:
Sei que o vermelho significa o martírio de Cristo, e que os altares são cobertos de vermelho, a igreja se reveste dessa cor, assim como os paramentos do padre que preside a celebração nas ocasiões que se celebra os Santos Mártires da Igreja - o martírio dos santos e santas, homens e mulheres que derramaram seu sangue, que deram a vida defendendo a Igreja, testemunhando a Cristo e que são fundamentais na construção do Reino de Deus aqui na Terra.
Mas, Independentemente do que diz a Bíblia, nesse sentido, vejo o vermelho também como estimulante, energético e pode significar desejo. O vermelho é cor que está relacionada a emoções intensas. É uma cor vibrante, muito usada para chamar a atenção. Representa força, poder, coragem e perigo.
ROXO/VIOLETA: erotismo, realeza, nobreza, espiritualidade, cerimônia, mistérios, transformação, sabedoria, conhecimento, transformação, crueldade, arrogância, intimidade, sensibilidade, luto e poder.
Outra fonte nos diz que é a cor preferida entre as crianças e os adolescentes. Confesso que nunca me dei conta disso. Diz também que o roxo é associado à sabedoria, independência, criatividade, arte, cultura, riqueza, extravagância, otimismo, realeza, espiritualidade, mistério e magia.
Penso que depois de organizado, quando for aberto ao público para visitação muita gente vai se surpreender com as propostas da montagem da nova Casa da Cultura, com novos objetos, novas peças e coleções que lá estarão expostas. As obras de restauro e adequação do antigo prédio da Sacristia, que abrigará o Museu de Arte Sacra, depois de décadas de abandono, estão sendo concluídas.
É evidente que o processo será demorado, visto que compreende recuperação e aquisição de outras peças, um delineamento, um projeto definido para cada coleção e peças individuais. Paralelo a isso, há o entrave imposto pelo nosso pároco que não autoriza a obra sugerida pela Defesa Civil que visa permitir o acesso dos visitantes às dependências do prédio em segurança.
A Comissão formada para administrar a obra espera pacientemente que o padre entenda que se trata dentre outras coisas, de uma exigência da Defesa Civil. Caso contrário, eles não autorizam a visitação ao local. Com isso, passa-se o tempo. Não querendo um enfrentamento com o padre, a Comissão Pró-Museu deve entregar a obra do prédio e ser extinta. Como não há um Conselho Paroquial Pastoral que viabilize, que ajude na decisão de situações pontuais como essa, permanecemos de mãos atadas. É público e notório o que o próprio padre disse e o faz reiteradas vezes: “Aqui, quem manda sou eu”!
Assim tem sido desde que assumiu a Paróquia. Ele não trabalha com um Conselho, concentra e decide sozinho, sem nem mesmo a Comunidade tomar conhecimento. E ao que parece, será assim! Não se sabe por quanto tempo, já que as mudanças acontecem na Diocese, mas na Paróquia de Cachoeira Alegre, não; o padre está à frente já há oito anos.
Fernando Mauro Ribeiro
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