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28 – ELES ESTÃO NO MEIO DE NÓS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 28 de dez. de 2021
  • 3 min de leitura

São cravados, 365 dias de saudade, 8.760 horas de lembranças e infindáveis momentos de uma espera que, ora vai se aproximando, ora vai se distanciando, se dissipando, se eternizando... e aqui estamos nós, nessa hercúlea queda de braço com o tempo. Não que sejamos assim tão valentes, ou que tenhamos uma força extraordinária, mas acontece que, muitas vezes, ela se revela assim: potente e outras vezes, frágil.

O que fazer, se não ir alinhavando as horas, costurando os dias, tecendo os momentos, desenhando a vida com aquilo que ela se nos apresenta? Sempre soube que nesse jogo, ganha sempre quem joga com o coração. O que não se pode é ir fechando os caminhos. Ao contrário, é necessário que se siga abrindo janelas, destrancando portas, escancarando as porteiras das estradas dos nossos corações, as tronqueiras de acesso ao nosso ainda irrevelado sertão de sentimentos.

E então estamos chegando ao final de mais um ano! E, neste ano que se vai, todas as estações nos fizeram companhia. E é sempre assim. Sofremos, enfrentamos problemas, vencemos, celebramos, choramos, sorrimos – vivemos enfim.

Somos viajantes. E convivemos com paisagens e pessoas. E, em cada estação em que o trem interrompe a viagem, podemos descer e aprender um pouco mais com as virtudes e os defeitos dos outros. Assim como podem os outros aprender conosco. Os verbos “viver “ e “conviver” e estão inexoravelmente ligados.

Chegando ao final de mais um ano, quero oferecer a você, caríssimo leitor, mais esta edição do Portal Novo Tempo - portalnovotempo.com.br – a última desse 2021. Quem sabe a última das últimas, a derradeira, a definitiva? Sei não, talvez eu processe melhor essa questão, mas há sim, a possibilidade de encerrar esse trabalho de 26 anos com um informativo voltado para todo cachoeirense.

Desejo agradecer pela sua fidelidade, sua companhia, sua interação e, desejar que sua travessia seja rica de significados. Que a gentileza seja uma companheira inseparável e que você não esqueça de prestar atenção a quem viaja a seu lado.

Recordando uma canção de Roberto Carlos, que sempre, desde à adolescência, me levava por caminhos que eu ainda não havia trilhado, mas, que sabia, trilharia um dia: “Recordo a casa com varanda, muitas flores na janela, minha mãe lá dentro dela, me dizia num sorriso, mas na lágrima um aviso, para que eu tivesse cuidado, na partida pra o futuro, eu ainda era puro, mas num gesto disse adeus...” Ah! “Sabe, o mundo dos invisíveis está mais perto do que se imagina. Eles estão por toda parte, mas talvez a pouca luz dificulte encontra-los. Não é que não exista luz necessária, é que os olhos vão se acostumando com a penumbra e não enxergam”.

“Minha casa era modesta, mas eu estava seguro, não tinha medo de nada, não tinha medo de escuro, não temia trovoadas, meu irmão à minha volta e meu pai sempre de volta, da venda, no fim da noite, trazia suor no rosto e nenhum dinheiro no bolso, mas trazia esperança...”

Hoje, essas recordações, impressas nessa canção, que marcaram de forma indelével a minha alma, permanecem inextinguíveis. Principalmente, quando se avizinha o Natal, em que eu esperava pelo retorno de minha mãe, e ele não aconteceu. Lembrar que isso se deu no dia 28 de dezembro de 2020, da forma mais abrupta e impactante, sem acenos, sem despedidas.

Enfim, um ano de saudade... mas eles permanecem no meio de nós. Sejamos gratos! Deus nos concedeu o presente de prosseguirmos. Prossigamos, então, sem medo de conjugar o verbo amar.

Fernando Mauro Ribeiro




 
 
 

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