30 – SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI E OS BELOS TAPETES

Que o Santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus, seja adorado e seja amado, nesta terra de Santa Cruz, seja adorado e seja amado, nessa terra de Santa Cruz”.

  Antes mesmo de iniciar essa matéria, perpassavam por mim, lembranças, há muito guardadas no coração e imagens registradas na parede da memória que me vêm com sonoridade... eu ouvia esse hino Eucarístico e via a procissão passar pelas ruas; ora Padre Nonato, ora Padre Messias, enfeitadas de bandeirinhas, tapetes, altares, a sineta tocando, o repique dos sinos, a banda de música com seus dobrados, fogos, os anjos seguindo o padre e, no centro a presença de Jesus Cristo, nosso Deus, nosso Rei e Senhor que, conduzido pelas mãos do saudoso Pe. Adriano Kett, - nosso pároco durante 20 anos – caminhava por nossa comunidade, abençoando nossas casas, as famílias, Escolas, Comércio, ruas e praças.

  A expectativa em torno desse evento, dessa data, da Festa de Corpus Christi era enorme. A Santa Missa era celebrada na Praça da Figueira, onde uma multidão de fiéis, paroquianos de toda a área rural se somavam aos da área urbana para celebrar esse momento. Basta retroceder um pouquinho, consultar as páginas desse nosso informativo, para constatar a grandiosidade da Festa.

 

OS TAPETES COLOREM AS CIDADES, O PAÍZ ESTÁ EM FESTA

Os fiéis saíram às ruas, a cidade está mais colorida, as paróquias celebram a Festa de Corpus Christi, o país está em festa! É esse mesmo o quadro que se desenha ao longo do dia de hoje. Na Paróquia São Sebastião a primeira missa aconteceu às 6h30m, na Comunidade de Nossa Senhora de Lourdes, na Vila Vardiero. Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Barão do Monte Alto a Santa Missa foi realizada às 8h30m; na Igreja de São José, em Silveira Carvalho, às 15horas, e na Igreja-matriz em Cachoeira Alegre, Pe. Marcio Nunes rezará missa solene às 18:00 horas.

  Na Paróquia São Paulo, em Muriaé, a celebração teve início no bairro do Rosário. A pequenina e singela capela não comporta o número de fiéis para essa celebração, por isso, a multidão se concentrou na Praça do Rosário, na porta principal da Capela, tendo o céu como abóbada a envolver-nos a todos.

 Os altares bem ornados de flores, os tapetes de serragem no entorno, se destacavam pelo bom gosto na aplicação das cores, desenhos, artes, frases, enfim, a criatividade. Foi nesse cenário que o padre Daniel incensou o altar - a mesa da celebração, mesa do sacrifício – a mesa da Palavra e, se dirigiu à assembleia iniciando a celebração.

  Em sua homilia, padre Daniel falou da importância da celebração do dia de hoje. “Quando Cristo se reúne com os doze discípulos no segundo pavimento – quer dizer lugar sagrado para se realizar o grande banquete – Não foi um lugar qualquer, mas no segundo andar com as almofadas, - como relata o Evangelho – que o Mestre se reuniu e ali instituiu a Sagrada Eucaristia e o Sacerdócio.

  O momento das refeições é sagrado. Os pais devem se reunir com a família ao redor de uma mesa, da forma como Jesus o fez. Mas, nesses dias de hoje, as pessoas trocaram a mesa pelo sofá da sala, pela TV, pelo celular. A família já não se reúne mais para agradecer e louvar a Deus.

  “O Pão da vida és tu Senhor o pão do Céu, o Caminho, a verdade, vias de amor, dom de Deus, nosso Redentor...” Tendo incensado o ostensório, o perfume espalhou-se pela praça, inebriando a assembleia que se organizava em duas filas para dar início à Procissão.

  Conduzido pelo sacerdote, sob o pálio, Jesus caminhou pelas ruas de Muriaé. O cortejo passou pela avenida JK, que tinha as sacadas das casas ornamentadas com belas toalhas, jarros de flores e balões até Matriz São Paulo, onde os belíssimos tapetes se estendiam até a porta da Igreja.

  Em Muriaé, conta-se cinco Paróquias e cada uma delas têm programação própria. De forma que as missas acontecerão em horários diferentes, mas todas celebram com o mesmo entusiasmo a Solenidade da Festa do Corpo de Deus.

Logo mais, diante da TV, teremos oportunidade de ver também, a beleza dos tapetes que se estendem nas cidades históricas de Minas e Brasil afora, para a passagem de Cristo que é bálsamo para nossas dores e alimento para a nossa alma.

Fernando Mauro Ribeiro