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31 – COM MAIS DE 60 MILHÕES DE VOTOS, LULA É ELEITO PRESIDENTE DO BRASIL PELA TERCEIRA VEZ

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 31 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

O clima hostil que acompanhou todo o período eleitoral, ao que parece, deve ser amenizado com o final da votação e a abertura das urnas, a apuração dos votos e a proclamação de que o Brasil terá um novo presidente a partir de primeiro de janeiro de 2023. Pelo menos é o que desejo e creio ser também a vontade da maioria dos brasileiros.

Doze anos após deixar o Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva derrota Jair Bolsonaro na eleição mais disputada da história e é eleito presidente do Brasil pela terceira vez. “Tentaram me enterrar vivo, mas eu estou aqui para governar este país”, disse Lula em discurso pouco depois de ter sua vitória confirmada pelo TSE com 50,9% dos votos válidos.

São muitas as manchetes que estamparam os jornais em todo o Brasil e ao redor do mundo. Coisas do tipo: “Bota o retrato do Lula outra vez”. “Lula lá de novo”; “O mundo afirma que o Brasil está de parabéns”; “Mais de dois milhões de votos de vantagem”; “Em 20 anos, outro Brasil”; “A ninguém interessa um país em estado de guerra”.

Em seu primeiro discurso, Lula prega união e afirma que “É hora de baixar as armas que não deveriam jamais ser empunhadas. A partir de 1º de janeiro de 2023 vou governar para 215 milhões de brasileiros e não só para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Existe um único povo, uma única nação. A ninguém interessa viver em um país dividido e em permanente estado de guerra”, disse Luiz Inácio da Silva.


A AVENIDA PAULISTA FOI PALCO DAS COMEMORAÇÕES DA VITÓRIA DE LULA NESSE DOMINGO

Na eleição mais acirrada da história para o Palácio do Planalto, o Brasil decidiu dar mais um mandato a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente da República entre 2003 e 2010, eleito ontem, com mais de 60,3 milhões de votos, 50,9%. O terceiro governo do petista foi confirmado após uma disputa voto a voto com Jair Bolsonaro (PL), o primeiro presidente a fracassar na tentativa de reeleição ao alcançar 58,2 milhões de votos, (49,1%).

Depois da mais agressiva eleição de todos os tempos, o desafio de Lula será unir o país, dividido por uma campanha repleta de mentiras e diversos episódios de violência em que poucas propostas foram debatidas por parte dos candidatos. Em seu primeiro discurso após a vitória, o tom foi de reconciliação, acenando para os eleitores que votaram em Bolsonaro: “a ninguém interessa viver nesse clima de guerra e ressentimentos.

Tal discurso se deu no fim da noite de ontem, na Avenida Paulista, onde discursou para uma multidão que celebrava a vitória. No carro de som, Lula agradeceu aos aliados e disse que a eleição foi “a guerra mais difícil que enfrentei”. Essa não é uma vitória minha, uma vitória do PT. Essa foi uma vitória de todas as mulheres e homens que amam a democracia e que querem um país mais justo. É uma vitória das pessoas que querem mais cultura, mais educação, afirmou o petista, agradecendo o apoio dos eleitores ao longo da campanha. Obrigado a todos vocês.

Eles tentaram me destruir contando mentiras a meu respeito. Hoje estou firme, forte e feliz com minha mulher. Não há nada nesse mundo que me fará esmorecer. Esse povo tem que voltar a sorrir, voltar a comer, voltar a trabalhar.

A nova eleição pós-redemocratização dá mais uma vez protagonismo ao PT, vencedor de cinco disputas presidenciais desde 1989. O partido que elegeu a segunda maior bancada do Congresso e quatro governadores, volta ao poder após duas profundas crises nos últimos seis anos: o Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e a prisão de Lula em abril de 2018 pela operação Lava-Jato, seis meses antes da derrota de Fernando Haddad para Bolsonaro.

Solto em 2019, o ex-presidente voltou de vez à cena política em março de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou suas condenações por considerar que ele não deveria ter sido julgado pela 13ª Vara Federal de Curitiba PR, onde então atuava o juiz Sergio Moro, ex-ministro de Bolsonaro e agora senador eleito pelo União Brasil no Paraná.

A vitória de Lula foi comemorada ontem, por multidões de eleitores na Avenida Paulista (SP) um dos principais pontos de manifestações antipetistas no passado recente, e na Cinelândia, no Rio, tradicional reduto da esquerda carioca.


ALTO NÍVEL DE POBREZA, CIRCULAÇÃO DE ARMAS, AVANÇO NA INFLAÇÃO E DESARRANJO FISCAL DEIXADO POR BOLSONARO

Lula assume um país bem diferente do que recebeu ao suceder Fernando Henrique (PSDB) em 2003. O Brasil agora tem níveis de pobreza e de circulação de armas em alta, além da perspectiva de avanço na inflação em um cenário de desarranjo fiscal deixado por Bolsonaro, em contraste com o esforço de estabilização econômica dos anos 1990.

Na sociedade, uma mudança profunda é o avanço da parcela de evangélicos, segmento dos que mostrou um dos mais resistentes a Lula e à esquerda nessa eleição: eram 15,4% dos brasileiros no início do século, segundo o Censo, e hoje estima que representem ao menos o dobro desse potencial.

No Congresso, Lula terá que lidar com uma ampla bancada de oposição encabeçada pelo PL, partido de Bolsonaro que terá 99 deputados federais e 14 senadores. Trata-se de cenário distinto encontrado há 20 anos, quando o PT fez a maior bancada 91 deputados – com problemas de articulação política que redundaram no mensalão – e que trará desafios para o presidente eleito cumprir compromissos de sua campanha, como acabar com o orçamento secreto e fazer reforma tributária.

Fonte: extra.globo.com



 
 
 

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