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18 - BRASIL E SEUS MELHORES JOGADORES DE TODOS OS TEMPOS
- Fernando Mauro Ribeiro
- 18 de ago. de 2021
- 3 min de leitura
Alex: Que jogador!
Nome: Alex de Souza
Nascimento: 14-09-1977, em Curitiba – PR.
Clubes: Curitiba (1995-1997, Palmeiras (1997-2000, 2001-2002), Flamengo (2000), Parma ITA (2002), Cruzeiro (2002-2004), Fenerbahçe – TUR (desde 2004)
O Palmeiras precisava vencer o River Plate nas semifinais da Copa Libertadores. Precisava de dois gols de vantagem e tinha time para fazer até mais. Mas sabe como é: Libertadores, adversário argentino... o estádio Palestra Itália esta cheio de gente, de esperança e de tensão.
O time treinado por Luiz Felipe Scolari, tinha Marcos no gol, César Sampaio no meio, Paulo Nunes no ataque. Tinha Roque Júnior, tinha Arce, tinha Zinho, tinha Evair.
E tinha Alex. A perna esquerda de Alex. O cérebro de Alex, A categoria, a visão técnica de Alex. Numa noite fria de maio, as dúvidas e os medos dos palmeirenses duraram apenas dezessete minutos.
Zinho dominou a bola um pouco depois da linha do meio de campo e lançou para Alex. Dois metros antes da meia lua, ele a recebeu no peito. Não foi uma “matada”, foi um drible. O zagueiro argentino, mal posicionado, correu atrasado e não conseguiu interromper o movimento ao perceber que Alex e a bola já estavam à frente dele. Um toque de pé esquerdo acertou a distância para o chute forte, alto, totalmente fora do alcance do goleiro.
O gol no início do jogo, deixou o River Plate no transe típico de quem percebe o que não podia acontecer tinha acabado de acontecer. E produziu, o que esse torpor normalmente produz: outro gol. Roque Júnior, de cabeça, dois minutos depois.
Efetivamente, o jogo tinha acabado ali mesmo, antes da metade do primeiro tempo. Recado enviado, recado recebido. Os dois times estavam completamente entendidos. Mas, como o árbitro insistiu em adiar o final conhecido por todos, o Palmeiras seguiu no controle.
Ainda que o time não desse nenhum sinal de que viveria perigosamente, as arquibancadas do Palestra Itália adorariam a tranquilidade trazida por mais um gol. Esperaram até os últimos minutos do jogo. Impossível encontrar um palmeirense que diga que não valeu a pena.
O River Plate bateu escanteio do lado direito. Marcos deu um soco na bola, tirando-a da área. Da lateral para a ponta esquerda, um passe encontrou Paulo Nunes, em alta velocidade. Ele recebeu, ajeitou e arriscou um lançamento que cruzou a área, até chegar a Alex. Depois de dominar com o pé direito, o craque fez o que ninguém esperava.
Com um zagueiro bloqueando o caminho para o gol, as opções eram três; um drible em direção à linha de fundo, preparando um cruzamento; um drible para dentro, preparando um chute; ou um passe para Euller, que aguardava, de frente para o gol, desmarcado.
Mas Alex, não é comum. E o chute, em curva – que passou ao lado do zagueiro, fez o goleiro de bobo e encontrou a rede lateral -, também não foi.
Os dois gols contra o River Plate, são os pontos altos da atuação que Alex classifica como uma das melhores de sua carreira. É muito provável que tenha sido mesmo o melhor jogo da vida dele.
Todavia, o melhor ano da carreira de Alex não foi 1999. Foi 2003, com a camisa do Cruzeiro. Na temporada em que ajudou o clube a conquistar três títulos. Alex jogou muito, e muitas vezes.
Fez gols fantásticos, como um “de letra”, contra o Flamengo, na final da Copa do Brasil, completando o cruzamento da direita. Naquele ano, o torcedor tinha duas certezas a cada jogo. Alex faria algo belo e o Cruzeiro venceria. Que jogador!
André Kfouri e Paulo V. Coelho
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