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GRITOS RACISTAS, PROTESTOS, FAIXAS HOMOFÓBICAS, CLIMA HOSTIL NA EUROCOPA
- Fernando Mauro Ribeiro
- 24 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
Com a aproximação do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, em 28 de junho, data em que se dá mais ênfase à essas questões, quando os monumentos alguns monumentos ganham as cores do arco-íris, algumas emissoras de Tevês, exibem programas com esses matizes, os clubes de futebol, alguns estádios também ganham esses contornos, a Eurocopa, esse grande evento do futebol europeu esquentou o clima para a partida entre Alemanha e Hungria, quando faixas homofóbicas, denúncias de gritos racistas e pressão fora das quatro linhas parecem ditar o ritmo desse confronto. Veja matéria de Vitor Seta – vitor.seta@oglobo.com.br, com o título de “Além do campo”, que transcrevo do Extra, jornal carioca de grande circulação.
Fernando Maro Ribeiro
ALÉM DO CAMPO
Alemanha e Hungria entraram em campo ontem, às 16:00 horas (de Brasília), em Munique, pelo Grupo F da Eurocopa sob forte tensão fora de campo. De um lado a torcida húngara, investigada por comportamentos homofóbicos e cânticos racistas nas arquibancadas. De outro, os alemães tentam protestar como podem contra os adversários e o governo do rival, conhecido pela antipatia à luta dos direitos LGBTQIA+.
A história - mais uma vez, de contornos políticos que ultrapassam os gramados na Eurocopa – começou justamente, no dia 15, data da estreia da Hungria na competição contra Portugal (derrota pelo placar de 3 a 0). Naquele dia, o parlamento do país, governado pelo premiê de extrema-direita, Viktor Orbán, aprovava uma lei restringindo conteúdos considerados “de promoção à homossexualidade e à mudança de gênero em escolas do país.
Na Puskás Arena, em Buda-peste – único estádio sem restrições governamentais de público na Eurocpa -, a torcida da seleção exibia uma faixa com os dizeres “ante LMBTQ”, (sigla correspondente à LGBTQIA em húngaro). Há denúncias ainda de cânticos homofóbicos contra o astro português Cristiano Ronaldo e racistas direcionados ao craque Mbappé e Pogba, no jogo seguinte, contra a França, no empate em 1 a 1.
A professora historiadora Mirian Gomes, da Pós-Graduação em Relações Internacionais pela Uerj, explica que o controverso regime húngaro não chega a ser ditatorial, mas o contexto social permite ao premiê, de plataforma conservadora, aprovar leis, agradar grande base eleitoral e seguir no poder há dez anos – ele tenta a reeleição.
Viktor Orbán vai fazendo glpes para se perpetuar no poder. Persegue opositores, incrimina jornais que fazem oposições e, como tem maioria no parlamento, consegue aprovar leis como essa. Faz lembrar a Turquia - disse a historiadora Mirian Gomes. Vitor Seta – vitor.seta@oglobo.com.br
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